sábado, 8 de novembro de 2008

doisMILeOITO

Mais um ano para minha coleção. Ainda não acabou, mas quando chega Novembro é sinal que o ciclo está se fechando novamente. Já estão acabando as aulas, vestibulares começam, verão chega, o sol esquenta, e aquele aroma típico de Festas de fim de ano toma conta da nossa casa, dos shoppings, ruas e tudo mais.

Há uma frase que define muito bem o que foi 2008 para mim, é essa: "Veni, vidi, vici", que em português quer dizer "Vim, vi e venci". Essa frase foi proferida por Júlio César, cônsul romano na Idade Antiga, após uma vitória militar.
Em uma análise superficial, acho que foi mais ou menos isso que eu vivi. Vim de um lugar para o outro, vi coisas durante o ano que me abalaram positiva e negativamente e me considero uma pessoa vitoriosa!
Os fatos foram de uma diversidade impressionante. Cada coisa aconteceu...

Vi Salvador de perto, vi que não sou dependente de nenhum ser humano (e isso não é prepotência), vi que química não é tão difícil assim, basta que olhemos com outros olhos. Vi hipocrisia, falsidade, ignorância. Mas também tive o privilégio de observar pessoas sendo honestas, sinceras, amorosas. Vi que não há vida sem Deus. Ele é vida.
Vi carros, motos, ônibus. Vi exposições em Museus. Vi que sou MUITO mais.
Muito mais romântica, muito mais sensível, muito mais tímida, muito mais "de humanas".
Muito melhor como ser humano do que antes era.
Vi que vestibular é mais difícil do que eu imaginava. Ou mais fácil, dependendo do ponto de vista.
Vi o Rio do alto novamente e tive a certeza de não há cidade mais bela.
Vi que tenho amigos de verdade aonde quer que eu vá.
Vi uma família maravilhosa ao meu redor.

Vi que o Orkut não passa de um vício sem limites. Não sei se fico tranqüila ou tensa por isso.
Vi mendigos nas ruas esmolando por algo que pudesse trazer mais dignidade à vida deles.
Vi e vivi intensamente um ano de campanhas eleitorais. Aqui no Rio e nos USA. Vendo e, mais do que isso, observando atentamente a situação, percebi o quanto a nossa sociedade é desleixada, ao passar por um momento de tamanha importância para a democracia com tanto descaso. Gabeira, lamentavelmente, não foi eleito. Barack foi. Fiquei feliz pelo último. Não só pelo fato de o cara ser negro e ter superado todas as expectativas, mas por ele ter concretizado o lema da campanha dele: " YES, WE CAN!". É, nós podemos, como sociedade organizada, mudar muitas situações que nos desagradam, basta que queiramos verdadeiramente.

Vi corrupção de verdade, e CPIs sem fim. Vi o Brasil progredir economicamente e vejo agora que, apesar da tentativa dos governantes de nos acalmar, seremos bastante afligidos por essa crise econômica mundial.
Será que veremos o NeoKeynesianismo de que tanto falam se concretizar?

Vi que cada minuto perdido é prejuízo. Vi filmes maravilhosos.
Vi a Lua Cheia muitas vezes. Vi lágrimas escorrerem dos meus olhos e pingarem na minha blusa.
Vi muitos sorrisos meus refletidos no espelho.

Estou vendo agora que ainda tenho muito mais para ver.
Eu venci. Venci um ano cheio de obstáculos que foram imprescindíveis para o meu crescimento.
Mas ainda há batalhas.

Quer apostar que eu vou, vejo e venço de novo? :D




sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Um pouco de cultura.

O objetivo de se ter um blog é sempre um pouco subjetivo, já que eu nem sei por que eu fiz isso. Acredito que seja a vontade de dizer coisas algumas vezes e não ter para quem. Agora eu vou escrever publicamente, ainda que isso não seja a garantia de que alguém vai ler.

Hoje, para começar, eu queria falar de cultura. Que segundo o dicionário, é isso:

9 Desenvolvimento intelectual. 10 Adiantamento, civilização.13 Sociol Sistema de idéias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade. 14 Antrop Estado ou estágio do desenvolvimento cultural de um povo ou período, caracterizado pelo conjunto das obras, instalações e objetos criados pelo homem desse povo ou período; conteúdo social.

Estive essa semana em dois lugares que me fascinaram tremendamente: o CCBB e o Museu da República. No primeiro, já tinha ido algumas vezes, ver algumas exposições e no segundo estive pela primeira vez, e fiquei bastante encantada com o lugar, o cuidado, as pessoas e, principalmente, com as exposições que tive a oportunidade de ver...
No Centro Cultural do Banco do Brasil, tive o privilégio de observar atentamente e absorver o máximo que pude sobre Clarice Lispector na Exposição A Hora da Estrela. Já conhecia a escritora, mas não tanto que não pudesse me surpreender com o que vi. Tudo muito bem feito, lindo.
No Museu da República, era o último dia da "Exposição 68- Eles que amavam tanto a revolução", auto-explicativa. Tratava-se da história do ano de 1968, quando todo o mundo resolveu revoltar-se contra a ditadura, o anacronismo... lutaram pelos direitos civis, contra a guerra do Vietnã. Um ano intenso. E foi linda essa expo também, fiquei pensando comigo mesma durante alguns minutos: Por que hoje em dia não somos tão contestadores? Por que a sociedade em que vivemos anda tão resignada? O que há?
Já temos muitos motivos para realizar outra Passeata do Cem Mil e lutar pelos nossos direitos.

Onde eu quero chegar falando sobre tudo isso?
Primeiro, quero dizer que há muito tempo não tinha um dia tão legal. Realmente foi um divertimento ir a todos esses lugares ao lado meu pai, que sabe tudo de História e parecia um guia ao meu lado. Mas mais do que isso, eu, na inocência e pouca sabedoria dos meus 18 anos, gostaria de dizer que CULTURA É FUNDAMENTAL! Sem educação, sem conhecimento, não chegaremos a lugar nenhum. Mesmo.
Já que não há um governo participativo nesse aspecto, busque você mesmo, alternativas para o seu engrandecimento. Busque, pois valerá a pena.
Se cada um fizer a sua parte, garanto que em algum tempo, teremos um Brasil bem melhor (sem utopia).
As duas exposições foram gratuitas, então não há desculpa para não ir.
Já que os grandes meios de comunicação não divulgam o que deveriam, que nós façamos isso.

É a única saída para a maioria dos nossos problemas.
Não tenho dúvidas.