segunda-feira, 30 de março de 2009

A ponte é até onde vai o meu pensamento.

Sempre tive uma vontade enorme de sair do país para estudar, mas, por força das circunstâncias, isso nunca aconteceu. Falta de maturidade, de dinheiro, de planos concretos etc.
Há algum tempo atrás, estava aqui lendo blogs, como sempre faço, e passando pelo blog do Washington Olivetto - um publicitário que, se não é o mais importante, está no top 10 do mercado de publicidade brasileiro - minha vontade de conhecer outro lugar e aprender mais sobre qualquer coisa diferente do que vejo, aumentou.
Lá no blog, ele falava da University of the Arts London, que segundo o próprio, é a melhor universidade em graduação e pós-graduação em Comunicação Social do mundo. Os olhinhos da futura comunicóloga aqui brilharam. Nem comecei a fazer o curso aqui no Brasil e já viajei na hipótese de estudar em Londres.


Depois de ficar por pelo menos 15 minutos me imaginando na London College of Communication, baixei um pouco a minha bola e resolvi pesquisar lá pelo site da universidade algum curso de inglês para estrangeiros e achei vários, para todos os tipos de pessoas, com todos os focos possíveis.
Eu vi os preços, os lugares onde seria possível morar, quanto tempo eu poderia ficar, com quem eu poderia ir, visitei diversos blogs de pessoas que já fizeram esse tipo de intercâmbio cultural, falei com amigos mais próximos que já viajaram pra fora e isso não sai mais da minha cabeça. O que antes era apenas um plano, agora é uma meta. Eu tinha vontade de ir para os EUA, no entanto, a magia da terra da Rainha me consquistou!
Hoje, dia 30 de Março de 2009, eu não tenho dinheiro, só vontade. Mas como eu não sou de desistir fácil das coisas, me vejo por lá daqui a algum tempo.

United Kingdom, 65 Davies St, General English, London Eye, Parlamento, London Bridge, Palácio de Buckingham, Big Ben...

Já sinto o cheiro.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Louvado seja o Rio.

O Rio de Janeiro fez 444 anos no dia 1º Março. Nesse dia, eu passava pela ponte Rio-Niterói e, como sempre, meus olhos se encheram de lágrimas ao se depararem com tamanha perfeição visual. O Rio encanta. Emociona.
Faço parte da história dessa cidade há quase 19 anos, e sinto um orgulho genuíno por ser "carioca da gema", como são chamados os nascidos na capital do RJ.
Não sei exatamente quando surgiu essa paixão que sinto por cada metro quadrado desse lugar, mas já está no sangue.
O Rio me seduz não só pelo que tem de beleza natural. O Rio tem cheiro, tem ritmo, tem bossa. As pessoas são espontâneas, não são facilmente "estressáveis", receptivas, animadas, positivas. Refletem uma identidade que é unicamente nossa.
Por aqui não há tempo ruim, só quando chove. E para cada lado que você olhe, existe sempre algo bonito para se admirar.
Lembro de quando fui ao Corcovado. Já na subida, os meus olhos brilhavam por verem tanta beleza. Ao chegar lá em cima, fiquei atônita. Não conseguia falar, tirar fotos... só olhava, olhava, olhava.
De um lado: o centro; a zona norte; Maracanã; a Av. Brasil; a Linha Vermelha. Vindo um pouquinho mais pra direita: Flamengo; Botafogo; Copacabana... e depois, a Lagoa, Ipanema, Leblon, Jd Botânico, Gávea. Cada lugar com a sua peculiaridade, todos particularmente belos.
Quando olhava para o rosto das outras pessoas, percebia o êxtase delas. Acho que, como eu, nunca tinham visto algo como aquilo. Havia ali, muito provavelmente, americanos, suíços, neozelandeses, franceses, paulistas, pernambucanos, soteropolitanos, londrinos... e todos devem ter pensado em levar um pouco daquela maravilha para casa deles.



Algum tempo depois, fui ao Pão de Açúcar e a outros lugares que só fizeram me apaixonar mais pela minha cidade. O Rio é isso: luz, sol, praia, futebol, TRABALHO, emoção, gentileza, Lapa, buzina, museu, correria, Arpoador, Asa Delta, "demorô", funk, luau, tranquilidade, nostalgia, barzinho, violão, o sotaque mais bonito...

Consigo imaginar o porquê da inspiração de Tom Jobim, Vinícius, João Gilberto, Ronaldo Bôscoli , Chico Buarque e tantos outros. Imagina viver no Rio na época em que eles viveram... a violência era escassa, ou sei lá, não assustava tanto como hoje, por não ser tão valorizada pela mídia. A liberdade existia de verdade, não existiam tantos prédios, tantos carros, tantas luzes artificiais. Menos mendigos nas ruas, menos sujeira, menos governantes picaretas.
Queria esse Rio, mas estou feliz com o que tenho hoje. É um privilégio de qualquer maneira.
Viver na cidade mais maravilhosa do planeta e ainda compartilhar com 12 milhões de pessoas a alma carioca. Dádiva.

Parabéns a Deus pelo bom trabalho aqui nesse balneário.