terça-feira, 21 de abril de 2009

Eu vou sobreviver...

Depois de 6 meses de férias, já tô entrando em um estágio de pré-loucura! Não é que não esteja gostando de acordar meio-dia quase todos os dias, não esteja adorando o fato de não ter compromissos e prazos a serem cumpridos, a falta de rotina e os dias que passam devagar, como se não houvesse tantos outros depois deles. Mas é que estar parada nos leva a pensar, e pensar estraga.
No começo das férias, eu pensava em como seria quando as aulas começassem, nos meses que passaria em casa lendo os livros que gostaria de ler, nos dias de sol em que eu me bronzearia, nas oportunidades que eu teria de ver amigos que há muito não via, nas exposições e mais exposições que eu não poderia perder em nenhuma hipótese. Pensei em fazer autoescola, voltar a malhar, estudar Língua Portuguesa, História; pensei também em ajudar o meu irmão nas matérias em que ele tem dificuldade, afinal de contas, agora quem vai sofrer com vestibular é ele.
E pensando, pensando, pensando, passaram-se mais de 180 dias. Não que todos eles tem sido de total inutilidade e inoperância, mas dos planos que eu fiz, não realizei nem metade.
Penso agora que quando as aulas começarem terei que pegar dois ônibus pra ir e dois pra voltar, ou então morar lá perto, acabei de perceber que não li todos os livros que gostaria, só peguei sol na páscoa e já tô perdendo todo o meu bronzeado, vi alguns amigos mas ainda tô com saudade de muitos. NÃO FUI A NENHUMA EXPOSIÇÃO (mentira, só a uma), não fiz autoescola, não fui malhar mesmo com meu pai falando que eu tô gorda todos os dias, não estudei e nem ajudei meu irmão.
Depois de 180 dias, percebi que pensar muito e planejar o futuro tão a longo prazo não é uma boa.

Frustra.

Eu ia escrever mais, mas desisti. Sinto-me uma completa estúpida.

E ainda faltam QUATRO MESES...



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Acabou o tempo do "Deus lhe pague..."

"Uma vez, tive um encontro com um empresário e um americano antropólogo. Cinema, grana, outros papos. O empresário e eu falamos sobre o Brasil para o gringo: "Eles...eles...eles". O Brasil estaria sendo destruído por "eles". Até que o americano não aguentou mais de curiosidade e perguntou: "Who are they?".
Parei, travado. Aí, descobri o óbvio triunfal: para mim, "eles" seriam os outros, as forças ocultas que desculpam a nossa omissão. Todos nós falamos da desgraça nacional como se fosse culpa de seres impalpáveis: o Congresso, o governo, os americanos, os jornalistas... Todos, menos nós. (...)

(...) No entanto, depois de tantos vexames de nossa burguesia secularmente sórdida, vemos que nossa miséria "pobre" é a ponta de uma miséria maior. Não existem um mundo limpo e outro sujo. Um infecta o outro. A burocracia é miséria, a corrupção é miséria, a estupidez brasileira é miséria. Somos uns miseráveis cercados de miseráveis por todos os lados."

Arnaldo Jabor.

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Quero ver quem paga pra gente ficar assim.

domingo, 12 de abril de 2009

MARTHA MEDEIROS MANDA!

(...) Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.
E agora você está aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada o amor solicitado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exije, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura (...)

Trecho de "O amor que a vida traz" n'O Globo de hoje.