sexta-feira, 9 de julho de 2010

breaking beliefs

É como se quase todas as certezas que tenho estivessem desmoronando diante dos fatos, porque não há nada que resista a eles. Acordar pela manhã e pensar: por quais vias cheguei a esse ponto de desprendimento? Não sei.

Gabriela sempre foi muito preocupada com o que os outros haviam de pensar sobre os seus atos, com o que as suas ações gerariam - não nela, obviamente. Ser exemplo sempre a atraiu muito mais do que qualquer outra carapuça. Refletir boa imagem, acima de tudo, te motivou a fazer e não fazer muitas coisas. E isso funciona, funciona, funciona, tudo indo, tudo lindo, faço coisas legais, minha mãe aprova, meus amigos me imitam, até que agradar ao mundo passa a não ser mais o bastante... é o momento no qual as cobranças sobre o perfeito passam a ser maiores do que é possível doar... e aos poucos os olhos vão se abrindo, a poeira perde o assento, o mundo passa a ser observado com mais atenção.

Tudo faz mais sentido quando é SENTIDO.

Não é que virar porralouca seja a solução para todos aqueles que foram oprimidos por toda uma vida de perfeição segundo a moral da sociedade. Abrir mão daquilo em que se acredita por experiências vazias não vale... valioso é sentir que o diferente existe e está mais perto do que se imagina, mais valioso ainda é não ser exemplo para ninguém, não ser cobrada... primeiramente por si mesmo.

É gostoso estar um pouco mais perto da liberdade... sensação de "Acabou o trailler. Começa o filme."

Sei lá, queria dizer essas coisas.