segunda-feira, 18 de junho de 2012

twitter

eu saí de lá porque as pessoas se acostumaram a ler o que os outros escrevem por pura diplomacia. na vida real, eu não ouço ninguém por diplomacia. eu ouço porque quero, porque acho verdadeiro ou porque sou obrigada. não sou obrigada a ler erro de português, declarações bêbadas de amor, autoadoração. não quero ver gente de carne e osso virando manequim. cansei dessa virtualidade toda que a vida atingiu.

não cansa? como pode meia dúzia de palavras ou uma foto cheia de filtros e máscaras trazer ou tirar a alegria de uma pessoa? sai pra lá, bruxaria.
1 tweet é pouco. esvazia mais do que preenche. tira do foco.
140 caracteres não explicam ninguém.

fazia tempo

eu sempre quero demais e quero tudo. só quero o bem. e até isso agora virou pecado.
na contemporaneidade, pós-modernidade, ou seja lá qual for o nome do tempo que vivemos, o forte é aquele que é desprendido, sem apego, aquele que escorre. eu não escorro, mas isso não quer dizer que eu grude.

eu passo.